Amanhecer
de festas e fanfarras
Cidade louca
onde ondas andares
inflam, alçam,
regurgitam gorjeios,
cacarejam canções.
Cidade louca,
eutanásia do espanto,
ante o cíclico fluxo do relax
ou da fleugma em catarse.
Um pássaro é meu pasmo
enquanto penso.
O mar,
marulho armado, circunflexo,
de repente é repley de meus reflexos
no delírio total.
E eu,
rendida a suas rendas arredias,
sou o fauno domado
em mágico ritual.
Maria do Prado
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