Os olhos do poeta são um mar,
ondas consecutivas vão tecendo o luar,
conchas e mariscos vão decorando o espaço lunar,
em todas manhãs o sol e seus filhos a raiar,
tsunamis e outros sismos vão construindo o epicentro e seu lar,
ventos e brisas vão se confundindo na arte de amar,
postais e cartas são recebidos mesmo sem selar,
homens bons e maus vão jogando o lixo mesmo respirando esse ar,
casas vão se erguendo na paridade territorial a desmoronar,
gotas de água vão salgando vidas para o homem saborear,
e estéril essas vidas vão esmorecendo como o nascer da cegueira do mar,
Cardiologistas vão se afogando tentando animar
o coração marítimo desalentado por explorar
seus bens, em prol de remédios para remediar,
a dor pelos mesmos causada, sem intenção de conscientizar,
os outros matadores deste inocente e puro olhar.
Deusa d´Africa In "A Voz das Minhas Entranhas"
Nenhum comentário:
Postar um comentário