P o e t a E s c r i t o r J. B A T I S T A

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P O E T I Z E M - S E

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

PENDURADO NA MANGUEIRA

 · 
Hei!
Passe por aqui, por favor.
Tenho um poema pendurado
nas axilas da minha mangueira.
Por aqui há uma escada flexível
para escalar esta mangueira e colher
todos os poemas verdes, rosas e amarelos
sem necessitar de se preocupar com o pé inflexível.
Sim, são poemas prontos para serem um livro nos intestinos
e perfilar nos supermercados como sumo, jam ou marmelada.
- Haverá algum editor por aí, com maquinaria e mão-de-obra
para aproveitar estes poemas que já se estragam aqui na árvore?!
Deusa d'Africa
Rainha de Gaza

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

terça-feira, 30 de outubro de 2018

PEDRAS


                             Para Lucí Barbijam

São como seixos                                               
Esses meus versos                                   
Pedras no caminho
Que recolho e guardo
Vez por outra, paro
Aprecio o colorido e a forma
Se alguns brilham
Outros são céticos
                              Pedras
                              Pedras, é o o que são
                              Ao raciocínio metódico
                              Pedras, é o que são
Sim
Sim, o raciocínio está certo
Apenas pedras, eles são
                               Na minha infância,
                               Meu pai
                               Montara uma estante de madeira
                               No porão da nossa casa
                               Enorme
Onde acomodei as pedras
Que juntei nos caminhos
E as que me foram dadas com amor
Acho que ele, sem falar
Também amava minhas pedras...
                               Tinha uma
                               Que parecia chocolate lambido
                               Revelei-a para minha prima
                               Já em minha mão
                               Ofereci...
Que reação!
Uma pedra entre os lábios
Gatuno, peralta, rufião!
                               Minhas pedras tem alma...
Tinha outra
Que encontrei no chão
Da casa da minha tia
Polida, redonda, rosácea
Recolhi
Bom moço, não!
Para o meu acervo
Mais um pecado
Recolher pedras do chão
                                Havia, também
                                O meu tesouro
                                O achado de Piratuba
                                Brilhava
                                Ela brilhava muito
                                Aos meus dez anos
                                Com dezenas de pontas pequeninas
Furunguei os livros
A enciclopédia colorida
E o diagnóstico
É calcita azul!
Não havia dúvida
Minha preciosa...
Calcita azul...
                              Quando meu pai vendeu a casa
                               Recolhi minhas pedras
                               Em caixas de papelão
                               E encerradas no escuro
                               Foram se perdendo, uma a uma
Fui crescendo
E, racional, desfiz meu tesouro
Refiz meus caminhos e meus sonhos
                               O raciocínio metódico tem a razão
                               Ele tem a razão
                               Mas, não sei porque
                               Novamente passei a juntar
                               Pedras que encontro
É o meu coração...
                               E ele lembra mansinho
                               Que as pedras dos caminhos
                               Antes de obstáculos
                               Elas são a felicidade
                               De quem se detém para vê-las
Faz tempo, apreendi
Que a razão
Não dá sentido à vida
E o método
Não dá sentido aos versos
                               Esses meus versos
                               Pedras são
                               São as pedras dos caminhos
                               Que recolho e guardo.
                                                                         
JULIANO DE ROS     (2018)

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

L.A.

Pelo sim ou pelo não
Falo por mim e mais ninguém
Envolto em mistérios
Que não me preocupo em desvendar
Sem nada a perder
Ou explicações para dar
Pago o preço
Por esse jeito torto de andar
Deuses adorei
Amores vivenciei
Chegou a hora de colher
O que a muito semeei.
L.A
A imagem pode conter: céu

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

AHRI

Foto Bernardo Pozzebon da Silva

É ela que me tira o sono
Perambula pela casa

Mia em meu ouvido
Pede carinho 
Recebe afagos.
Notívaga por natureza
Caçadora por excelência
Arhi minha felina de estimação
Que se aninha em meu colo
Ronrona de alegria
Vive na mordomia.
J.Batista

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Santuário do Imaculado Coração de Maria Vinhático/ES Em poucos versos quero lhe contar A história de um Santuário,
onde vemos a fé se expressar Dedicado ao Imaculado Coração de Maria Em Vinhático, construído neste lugar. É visitado por muitos fiéis Que vão para fazer suas orações E com muita fé e devoção Depositar no Coração de Maria suas intenções. O Santuário foi construído há mais de 50 anos Pelo Padre Celso Duca e muitos veteranos Que faziam mutirões envolvendo todo o povo Trabalhando unidos na construção do Templo mariano. Em 1962, foi trazida da Itália a imagem da padroeira Foi introduzida no Santuário solenemente, Com muitos cânticos fizeram uma linda celebração E me contaram que muitos fiéis estavam presentes,
expressando sua devoção.
Em 12 de Dezembro de 2014 Participei da Missa de Dedicação Em que Dom Zanoni Demettino Castro Iniciou-se oficialmente no Santuário
os trabalhos de instalação.
Com este privilégio eclesiástico Aumentaram-se o fluxo de romarias Que na maioria dos domingos Vão ao Santuário se consagrar
ao Coração de Maria. A festa do Imaculado Coração de Maria
é uma festa móvel Acontece sempre no mês de Junho
com muita participação, Foi-se aprovado “Feriado Municipal”
na Câmara dos vereadores em uma sessão Pois esta é de grande importância
religiosa para a população. Camila Sacramento Brito

segunda-feira, 16 de julho de 2018

domingo, 15 de julho de 2018

quinta-feira, 21 de junho de 2018

sexta-feira, 11 de maio de 2018

sábado, 28 de abril de 2018

PEDAÇOS

                                              NOVO LIVRO DO ESCRITOR J.BATISTA.

domingo, 22 de abril de 2018

O BICHO CORU

O BICHO CORU
Autor Vinícios Leonardi
O bicho Coru era um peixinho bem pequeno e comilão. Um dia ele comeu tanto e virou o bicho Coru. Desde aquele dia, ele começou a comer tudo o que via .

O seu único ponto fraco é a alga Ira. Ele come peixes, algas, estrelas do mar, tubarões e até baleias


Um dia o peixinho Vítor decidiu exterminar o bicho Coru.
Ele foi nadando até a floresta marinha e achou a alga Ira.

Ele levou a alga Ira e fez uma armadilha.
Ele botou um frango assado de baixo de uma rede com a alga Ira junto.


O bicho Coru logo chegou e devorou o frango e a alga Ira e a rede o pegou.

O bicho Coru voltou a ser um peixinho mas sua fome passou e Vitor e o bicho Coru viraram melhores amigos.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

segunda-feira, 19 de março de 2018

PÉTALAS AO VENTO

Na incontestável dor,
de um dia saber,
que por alguma fagulha
tudo voou pelos ares
deixando o ar perfumado
e um céu iluminado,
a Rosa se transforma em orgulho.
                                        J.Batista

quinta-feira, 15 de março de 2018

PAISAGEM

Subi a altas colina
Para encontrar a tarde
Entre os rios cativos
A sombra sepultava o silêncio

Assim entrei no pensamento
Da morte minha amiga
Ao pé de grande montanha 
Do outro lado do poente. 

Como tudo nesse momento
Me pareceu plácido e sem memória
Foi quando de repente uma menina
De vermelho surgiu no vale, correndo...

                                Vinícius de Moraes

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

ABSTRATO

É como estou pensando,
onde me encontro
Quando estou sozinho,
na minha mente sempre há um monstro
Eu não demonstro,
penso muito mais do que falo
Me calo demais pra tudo aquilo que vejo
É meu desejo que possa resolvê-los
Vê-los! Aí que está o problema
O dilema. Para onde ir, qual a direção?
Meu coração não,
o que diz minha visão
Se não escolher,
o que me guarda o futuro
Ele é seguro?
Não sei. Só indo pra descobrir
Por qual caminho ir,
vamos por ali, vamos ficar
Decidi, tanto pra decidir, pouco tempo pra parar
No mesmo lugar, se aqui me manter, o que ganho?
Mas se eu ficar parado o tempo não ficará estranho.
No meu pensamento eu falo fanho, não compreendo.
Imagine você, se nem eu entendo cada pergunta
Cada um com seus problemas,
minha cabeça tem muita coisa junta.
                                              Germano Rama Molardi

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A MÚSICA DA VIDA

Ao compor a música da vida E ao executá-la o Grande Maestro Não deixou nenhuma nota de fora Além do DO, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI Ele acrescentou a valsa das florestas A mansidão dos lagos O borbulho das nascentes A orquestra dos passarinhos O eriçar dos pelos A brancura da neve O vapor dos desertos O chocalhas das escamas A leveza das plumagens A doçura do mel de abelhas A ternura da maternidade O frescor da noite enluarada A inconstância das ondas do mar A grandeza dos sentimentos A leveza das pétalas A textura das rochas As cores do por do Sol A algazarra das crianças A candura dos beijos E o poder da sabedoria. Nela o milagre do nascer e multiplicar-se Do Morrer e transformar-se Vem acompanhado pelo Verbo Que se fez Carne... Os versos das despedidas e dor Vêm embrulhados em pétalas de sonhos. Todos os aromas tem cor de estrelas Todas as cores tem sabor de melodia As notas dos sonhos Vêm vestidas com cheiro de luar. Nela o tempo vem trajado de palhaço Suas piadas não envelhecem com o tempo. Nenhuma palavra é dita sem sentido Nenhum sonho desvanecido. A música da vida Escrita em cada instante do pulsar Com as notas do respirar Com os versos do cantar As estrofes do sonhar E o poema do viver.

Maria Nazaré Ribon Silva

terça-feira, 2 de janeiro de 2018