A gota, pequena, perfeita
beija o fundo do Chemex
como se soubesse
que ali começa um ritual.
Não há pressa no milagre.
A água escorre pelo filtro,
silenciosa e paciente,
como quem compreende
que a perfeição
jamais se apressa.
Para alguns, um detalhe.
Um clique. Um instante.
Mas ali mora a essência:
o calor preciso,
o aroma que desperta,
o ouro líquido em formação.
É arte que flui,
é ciência com coração,
é o café se revelando
na sua mais pura expressão.
Gota por gota,
silêncio por silêncio,
brota o sabor da verdade
o café perfeito
não se faz
se extrai.
Fran Dal Monte
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